Dermatite digital bovina: avaliação de um protocolo terapêutico e cirúrgico para lesões nas fases inicial, erosiva e verrucosa
28 de dezembro de 2018
28 de dezembro de 2018
Foram utilizados 105 bovinos da raça Girolando, portadores de lesões clínicas de dermatite digital, distribuídos em sete grupos (GI, GII, GIII, GIV, GV, GVI e GVII) de 15 animais. Os grupos GI e GII foram constituídos por bovinos portadores de lesões de grau discreto; GIII e GIV, moderado; GV e GVI, grau intenso, e o GVII (controle), por graus variados da enfermidade. No pós-operatório de todos os animais, exceto os do GVII, aplicou- se solução hemostática e oxitetraciclina granulada sobre a ferida cirúrgica, as feridas foram protegidas com algodão ortopédico, polvilhando sobre ele sulfato de cobre, seguido por enfaixamento com atadura e impermeabilização. Após sete dias, procedeu-se passagem em pedilúvio contendo solução de sulfato de cobre a 3%, intercalando-se semanalmente com solução de hipoclorito de sódio a 1%. Utilizou-se antibioticoterapia parenteral apenas nos bovinos dos GI, GIII e GV, mas todos os animais foram avaliados aos sete, 15, 30, 45 e 60 dias de pós-operatório, e os dados obtidos foram analisados estatisticamente. A antibioticoterapia parenteral recuperou 93,35% dos animais, enquanto a antibioticoterapia local resultou na cura de 75,55% dos casos tratados, sendo significativa a diferença (p<0,001). Os bovinos portadores de lesões discretas recuperaram em maior número e em menor tempo (p=0,024) que os portadores de lesões moderadas e intensas. Concluiu-se que o tratamento cirúrgico associado à antibioticoterapia local e passagem em pedilúvio influenciou positivamente na recuperação de lesões de dermatite digital bovina, além de o acréscimo da antibioticoterapia sistêmica ao protocolo influenciar na recuperação apenas nos grupos de bovinos que apresentaram lesões moderadas ou intensas.