MODIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE ADERÊNCIA CIRÚRGICA DO PÊNIS À PAREDE ABDOMINAL VENTRAL E AVALIAÇÃO DO PÓS-OPERATÓRIO
28 de dezembro de 2018
28 de dezembro de 2018
Modificou-se a técnica de aderência cirúrgica do pênis à parede abdominal ventral a fim de se obter rufiões bovinos. Reduzindo o espaço morto com pontos de Wolf, a técnica resultou em compressão, estenose e ruptura parcial da uretra. As principais complicações observadas foram deiscência parcial e total da ferida cirúrgica, necrose tecidual, abcessos subcutâneos, presença de secreção purulenta, além de fibrose tecidual. Na tentativa de isolar e identificar os possíveis agentes microbianos envolvidos no processo colheram-se, por meio de zaragatoas embebidas em água peptonada a 0,1%, amostras das secreções purulentas, que fluíam das feridas. Isolaram-se e identificaram- se os microrganismos Proteus mirabilis e Escherichia coli. O mesmo procedimento foi adotado no ambiente onde os animais foram operados e no local onde permaneceram após o ato cirúrgico, isolando-se e identificando-se o Bacillus spp, o Pseudomonas spp, o Escherichia coli e o Enterobacter spp. Não houve crescimento bacteriano nos fios de sutura pertencentes ao mesmo lote dos utilizados na cirurgia, descartando-se a hipótese de contaminação das feridas pelo uso de material ou instrumental cirúrgico mal esterilizado. As complicações observadas no pós-operatório foram atribuídas à ação irritativa da urina que, pela ruptura da uretra, acumulou-se e infiltrou-se nos tecidos subcutâneos em cicatrização, e à contaminação exógena.